top of page
Buscar

Dia das mulheres

  • Foto do escritor: Monica Dominici
    Monica Dominici
  • 25 de mar.
  • 2 min de leitura

As primeiras cólicas nos ensinam que toda dor passa. Ela vem independente de como somos, o que fazemos, ela vem… mas ela vai… aprendemos desde muito cedo a não sucumbir, pois tudo é instante, e o próximo será diferente. Sangramos e através do sangue fazemos a limpeza.

 

Aquelas contrações doloridas e sem fim nos ensinam que a dor pode sim ser poderosa fonte de transformação, mutação, em algo melhor, muito melhor! Que cada soco no ventre nos traz de presente uma nova história, uma criação, uma evolução, uma benção de Deus!

 

Amamentar um filho, nos mostra a grandeza de nosso corpo, a imensidão de nossa existência, o tamanho de nossa potência! Que somos capazes de gerar, de nutrir, de criar, de amar.

 

É do feminino as sutilezas, os detalhes, que tornam a vida colorida, que embelezam os dias e as noites.

 

Somos plurais. Somos multi. Somos santas, somos putas. Somos tudo, somos o que queremos ser.

Coragem, fé, história, existência, essência.

Damos vida a vida. A nós, foi entregue o poder de sonhar, de conquistar, de flertar, de amar, de gerar, de continuar, de colorir, de nutrir, de cuidar, da paixão.

 

Viver a nossa verdade é nossa fonte da juventude. A liberdade, um valor maior, a qual torna nossa vida criativa e apaixonante.

 

“Não se nasce mulher, torna-se”, como nos disse Simone. Não há duas iguais, há que se inventar, sem exemplos, sem modéstia, com tempero, sem moldes. Cada uma é única, temos que nos descobrir seguindo nossa subjetividade, nossa alma, nossa ética.

 

Não é possível nos engessar, não é possível nos aprisionar, nossa alma voa livre, voa longe, voa só, ainda que dividindo a vida com tantos, ela quer espaço, ela deseja ser, apenas ser o que se é, o que se pode ser.

 

Não há fórmula, não há limites, os sonhos são infinitos, dos mais prosaicos, dos mais poéticos aos fúteis, ordinários. Tudo cabe, tudo é possível.

Ser mulher é força, é energia, é política.

 

Desde cedo aprendi com as mulheres que me rodeavam a beleza do amar, do se doar, do dividir, do compartilhar. Entendemos que dividir é multiplicar, que subtrair é somar... Que não há limites nem bordas no coração, que dois corpos podem sim ocupar o mesmo espaço, três, quatro, cinco...

Somos o sexo frágil, pois choramos, pois somos sensíveis, pois escancaramos nossas emoções e fragilidades sem medo do ridículo. E que se dane o que irão dizer. Que amamentamos nossos filhos lavando a louça, pegando ônibus, na rua, no mato, penteadas e de batom,

 

Sonhamos, fantasiamos, somos bruxas, somos alquimistas, somos feiticeiras, magas, místicas, mundanas, somos juntas, somos misturadas.

Ser mulher é não se conformar, é vigor, é ação, é magia pura!

 

E como diz Efu Nyaki: “Metade do mundo são mulheres, a outra metade são filhos delas.”

Todos fazemos parte do mundo feminino, nossa primeira morada foi um útero, e através dele estamos aqui. Que saibamos honrar nossas histórias. Deus me fez mulher e a ele sou imensamente grata.


08/03/23




 
 
 

Comments


bottom of page